FMI alerta que é preciso esforço mundial para evitar nova recessão



09/09/2011


FMI alerta que é preciso esforço mundial para evitar nova recessão

Os riscos ao crescimento aumentaram em todo o mundo e os países precisam agir agora, juntos e com determinação, disse sexta-feira a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.

"Em resumo, a atividade global se desacelerou e os riscos de baixa aumentaram, ao mesmo tempo que o reequilíbrio da demanda que todos estávamos esperando para um crescimento sustentável está paralisado", disse Lagarde num evento sobre a a economia global na Chatham House.

Falando antes da reunião de ministros da Fazenda e bancos centrais do G-7, ela afirmou que o mundo passa por uma crise de confiança devido à deterioração do cenário econômico e ao maior receio sobre a saúde das nações soberanas e dos bancos.

Se o crescimento continuar a perder força, os problemas financeiros vão piorar, a sustentabilidade fiscal será ameaçada e a oportunidade para políticas de recuperação da economia vai desaparecer, disse ela.

"A principal mensagem é....que nesse estágio e dadas as circunstâncias econômicas que estamos enfrentando, países e membros do governo em todo o mundo precisam agir agora, precisam agir com determinação e precisam agir juntos", disse a diretora-gerente do FMI.

As expectativas de inflação estão "bem ancoradas e relativamente baixas", segundo ela.

"Por isso os membros do governo, particularmente na esfera monetária, devem estar preparados para agir ainda mais para sustentar a recuperação, também por meio de medidas não convencionais", disse Lagarde. "Em geral [a política monetária] deve permanecer altamente acomodativa porque o risco de recessão se sobrepõe ao risco de inflação."

Em economias avançadas, não há dúvidas de que a sustentabilidade fiscal precisa ser restaurada por meio de planos de consolidação confiáveis, mas ela disse que o ritmo desse processo varia de país para país. Se a consolidação acontecer muito rápido, isso vai afetar o crescimento e as perspectivas para o emprego", disse.

Os países que enfrentam ou podem enfrentar uma pressão considerável do mercado precisam acelerar a consolidação fiscal imediatamente, disse.

"Mas em outros países existe espaço para um ritmo mais lento de consolidação combinado com políticas para sustentar o crescimento — a chave, novamente, é identificar uma estratégia de médio prazo, confiável e que possa ser implementada", disse Lagarde.

A diretora-gerente do FMI disse que o recente desempenho da economia dos EUA é decepcionante e que os riscos de baixa cresceram. O FMI aprova o plano de US$ 447 bilhões do presidente Barack Obama para reaquecer a economia anunciado quinta-feira, mas também espera uma estratégia de consolidação fiscal.

"Como o presidente também enfatizou na noite passada, é vital que os EUA identifiquem seu plano de médio prazo para colocar a dívida pública num caminho mais sustentável", disse Lagarde.

Na zona do euro, os dois principais desafios para uma recuperação sustentável são os riscos da dívida soberana e dos bancos, disse. A consolidação fiscal é importante, não apenas em países que receberam ajuda do FMI, da União Europeia e do Banco Central Europeu, acrescentou.

O ministro da Fazenda do Reino Unido, George Osborne, que também participou do mesmo evento, concordou em vários pontos com Lagarde. Ele disse que também precisa haver progresso nos acordos globais. "E precisamos urgentemente de uma iniciativa real para melhorar o funcionamento e a transparência do mercado de petróleo, aumentando a oferta e reduzindo os preços em relação ao elevado patamar atual", disse.
Em Valor Econômico




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