CVM veta recompra de ações emprestadas a executivo



22/09/2011


A Brazilian Finance & Real Estate, empresa de crédito imobiliário, tentou encontrar uma brecha para dar liquidez às ações detidas por seus executivos sem precisar entrar na bolsa, mas esbarrou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A companhia - que desistiu de fazer oferta pública inicial em dois episódios (em 2007 e 2009) - pediu autorização à autarquia para recomprar todos os papéis detidos por seus administradores. O objetivo da empresa era não precisar fazer um leilão na BMF&Bovespa e, com isso, evitar a dispersão da sua base acionária, hoje concentrada na Ourinvest e nos fundos de participações TPG- Axon e Coyote Trail.

O órgão regulador deu aval para a operação de recompra dos papéis obtidos por administradores por meio do plano de opções mantido pela companhia, considerando que esse era um caso especial. No entanto, a autarquia vetou a recompra de 2,4 milhões ações preferenciais emprestadas à Moise Politi, presidente da empresa e do conselho de administração, operação que a companhia queria executar com o consentimento dos acionistas.

Com valor de referência de R$ 15 milhões, o empréstimo foi realizado pela controladora Ourinvest, em junho. Politi deveria devolver as ações ou o montante em dinheiro em até três anos, corrigido pelo IGP-M.

"Se o argumento principal da empresa é evitar a dispersão da base acionária, como pode a Ourinvest emprestar ações emitidas pela companhia para o seu acionista, senão para que ele as revendesse?", aponta o órgão regulador no relatório usado como base para julgamento do caso pelo colegiado.

Para uma fonte ligada à empresa, a operação privada indica que a oferta pública inicial da Brazilian Finance ainda não está clara no horizonte de curto ou médio prazo. Se a estreia na bolsa já estivesse no radar, a companhia não estaria tentando encontrar outros caminhos para dar liquidez aos papéis.

Fonte: Valor Econômico




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