Pessoa física na bolsa cai apesar de volume recorde



09/09/2011


Pessoa física na bolsa cai apesar de volume recorde

Em meio à forte volatilidade dos mercados financeiros em agosto, o segmento acionário da bolsa brasileira bateu recorde histórico de volume financeiro. O giro total do segmento Bovespa atingindo R$ 177,9 bilhões em agosto, superando o recorde anterior, de R$ 155,5 bilhões, em outubro de 2010, de acordo o balanço de operações do mês passado da BM&FBovespa divulgado ontem pela bolsa.

O aumento expressivo do volume de negócios não veio acompanhado, porém, pelo aumento da presença de pessoas físicas na bolsa. O número de investidores caiu de 598.233 em julho para 595.850 no mês passado, abaixo do verificado em agosto de 2010 (597.560).

Do pico de 630.895 investidores atingido em setembro de 2010, logo após a megaoferta de ações da Petrobras, até o mês passado, a bolsa já perdeu 35 mil pessoas físicas. O último mês de crescimento do número de investidores foi em maio deste ano, marcado pela oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da popular varejista Magazine Luiza.

A falta de fôlego do ritmo de crescimento do número de pessoas físicas na bolsa foi reconhecida pelo próprio presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. No dia 10 de agosto, ele anunciou que o prazo para atingir a meta de ter 5 milhões de pessoas físicas passou de 2014 para 2018.

Segundo dados da BM&FBovespa, em agosto foram abertos 20 clubes de investimento, elevando o total para 2.926. Até o fim de julho, o patrimônio líquido total dos clubes era de R$ 9,41 bilhões, e o número de cotistas, de 122.360.

Em meio ao sobe e desce das ações, os investidores lançaram mão de instrumentos para tentar minimizar suas perdas, num mês em que o Ibovespa registrou queda de 3,95%. O número de operações com aluguel de ações atingiu o recorde de 141.721, frente a marca anterior de 121,971 em maio de 2011. O volume financeiro foi de R$ 62,63 bilhões em agosto, 20% superior ao registrado em julho.

Os investidores estrangeiros lideraram a movimentação financeira na Bovespa em agosto, com participação de 36,5%, ante 32,73% em julho. A fatia dos investidores institucionais foi de 32,08%, ante 34,81%. Já as pessoas físicas ficaram com 20,16% da movimentação, ante 23,62%. As instituições financeiras ficaram com 9,73%, as empresas com 1,47% e o grupo "outros" com 0,06%. Em agosto, o saldo da negociação dos investidores estrangeiros na bolsa ficou negativo em R$ 399,314 milhões.

As ações que registraram maior giro financeiro em agosto foram as preferenciais (PN, sem a voto) classe A da Vale (R$ 18 bilhões), as PN da Petrobras (R$ 12 bilhões), as PN do ItaúUnibanco (R$ 8,7 bilhões) e as ordinárias (ON, com direito a voto) da OGX Petróleo (R$ 6,9 bilhões). O valor de mercado das 377 empresas negociadas na BM&FBovespa era de R$ 2,23 trilhões no fim de agosto.
Em Valor Econômico




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Willian Dias