Venda de imóveis cai 28,6% até julho em São Paulo



19/09/2011


A queda acumulada da venda de imóveis residenciais na cidade de São Paulo, maior mercado imobiliário do país, continua em desaceleração, mas ainda está próxima do patamar de 30%. De janeiro a julho, o volume de imóveis comercializados na cidade caiu 28,6%, para 14,402 mil unidades em relação ao mesmo período do ano passado, conforme dados do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Até maio, as vendas tiveram redução de 34,3% e, até junho, retração de 31,3%.

O recuo menos acentuado das vendas, no acumulado até julho, deve-se ao maior número de lançamentos no Centro expandido da capital, segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. A maior parte do que o setor vende são unidades lançados há, no máximo, seis meses. Até julho, as incorporadoras lançaram 16,724 mil unidades na cidade de São Paulo, volume 3,5% maior que nos sete primeiros meses de 2010, segundo dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp).

No período, os lançamentos superaram as vendas em 2,322 mil unidades ou 16,1%. Essa diferença contribuiu também para elevar o estoque final de imóveis na capital para 13,369 mil unidades em julho. O estoque refere-se a imóveis lançados nos últimos 36 meses e ainda não vendidos.

No mês de julho, o setor vendeu 2,722 mil unidades residenciais, 14,3% a menos que no sétimo mês do ano passado e em linha com o volume de junho. O Valor Global de Vendas (VGV) comercializado somou R$ 1,3 bilhão em julho, com expansão de 6,8% ante junho e 16% na comparação com julho do ano passado.

Unidades lançadas há até seis meses responderam por 2,321 mil do volume vendido no mês. Os lançamentos de julho foram 5,8% maiores que os do mesmo mês de 2010, mas ficaram 13,7% abaixo dos de junho. Em relação às vendas, o volume foi praticamente o mesmo.

Em julho, a velocidade média de vendas, medida pelo indicador vendas sobre oferta (VSO) foi de 16,9%, acima dos patamares de maio e junho, de 15,1% e 16,5%, respectivamente, mas ainda muito abaixo dos 28,6% de julho de 2010. Em 2009, a velocidade de vendas média foi de 17,6% e, em 2010, de 23,2%. Conforme o desempenho do segundo semestre, o indicador ficará entre 12% e 16%, de acordo com Petrucci. "Teríamos preocupação com demanda se a inflação houvesse disparado e a taxa de juros estivesse subindo muito."

A maior parte da comercialização de imóveis foi concentrada no segmento de dois dormitórios. Em julho, as vendas do segmento responderam por 1,346 mil unidades, ou seja, por quase metade do total comercializado no mês. Foi a maior participação das unidades de dois dormitórios no total em 2011. Essas vendas se concentram em produtos da faixa de R$ 170 mil a R$ 350 mil, com financiamento, principalmente, pelos recursos da poupança. Na sequência, estão as unidades de três dormitórios (27,1%) do total, um dormitório (17,5%) e quatro dormitórios (5,9%).

Na região metropolitana de São Paulo, a participação dos imóveis de dois dormitórios foi ainda maior que na capital, em julho, chegando a 60,5% do total vendido. As incorporadoras venderam 4,554 mil unidades nesse mercado, 7,6% a menos que em junho. O indicador VSO também recuou, no mês, para 14,7%, ante 15,8% em junho.

Fonte: Valor Econômico




Aprovação para cadastro reserva não garante contratação pela Petrobras
Herdeiras poderão ser indenizadas por acidente sofrido por trabalhador autônomo
Lavador de carro consegue vínculo de emprego com locadora
Cobrança de frete de transporte terrestre prescreve em um ano
Distribuidora de energia deve pagar indenização a esposa e filha de vítima de descarga elétrica


Mídia Marketing Direcionado - 2010
Willian Dias