Telefônica muda modelo de gestão



13/09/2011


Telefônica muda modelo de gestão

Quatro meses depois de reorganizar sua estrutura de comando no Brasil, a Telefônica anunciou, ontem, mudanças em seu organograma. O espanhol Luis Miguel Gilpérez López vai deixar o posto de executivo-chefe - cargo que será extinto - e o brasileiro Paulo César Teixeira passará a ser o diretor-geral da empresa.

A companhia voltará a ter um desenho semelhante ao que tinha antes da integração entre seus negócios de telefonia fixa e móvel, aprovada pelos acionistas neste ano. Teixeira vai se reportar ao presidente da Telefônica no Brasil, Antonio Carlos Valente, e comandará toda a diretoria da empresa. Essa é a principal mudança em relação ao modelo de gestão que vigorou desde maio. "Voltamos a ter um desenho parecido com o da Telefónica em todo o mundo", disse Valente a jornalistas na Futurecom, feira e congresso do setor de telecomunicações.

Depois que a Telesp incorporou a Vivo, Gilpérez passou a ocupar o cargo de executivo-chefe, que até então não existia na companhia no Brasil. Valente e Gilpérez estavam, porém, no mesmo nível hierárquico. Ambos se reportavam diretamente à presidência da Telefónica Latinoamérica. Valente cuidava da parte institucional, enquanto o executivo espanhol conduzia as operações.

Agora, Valente será novamente o maior representante do grupo no país. Além disso, deixam de existir os cargos de executivo-chefe, as presidências de unidade e as vice-presidências. Haverá apenas diretorias.

A nova estrutura será oficializada hoje, na reunião do conselho de administração da Telefônica. Teixeira afirmou que, na prática, já está trabalhando na nova função.

Gilpérez, que veio ao Brasil para comandar o processo de integração da Telesp e da Vivo, vai retornar à Europa. O executivo vai comandar as operações da Espanha, que têm enfrentado dificuldades por causa da crise econômica no país. Na semana passada, a Telefônica anunciou uma reestruturação na qual as operações espanholas passaram a fazer parte da regional europeia. A companhia manteve a unidade da América Latina e criou duas novas divisões: negócios digitais e recursos globais (para centralizar compras e gestão de sistemas).

Teixeira - executivo egresso da Vivo e que havia se tornado o presidente da unidade de negócios individuais e residenciais da Telefônica - passará a comandar todas as atividades operacionais, inclusive as relativas ao mercado empresarial. A presidência da unidade de negócios corporativos, ocupada por Mariano de Beer, deixará de existir e o executivo deverá ser reaproveitado em outra unidade do grupo espanhol.

Uma das primeiras tarefas de Teixeira será o lançamento da operação de telefonia fixa do grupo fora do Estado de São Paulo. A previsão é de que serviço, que vai utilizar a infraestrutura de telefonia móvel da Vivo, seja lançado até o fim do ano.

O telefone vai funcionar com um chip de telefonia móvel, mas terá alcance restrito e tarifas de uma linha fixa convencional. Não haverá cobrança de assinatura básica. Teixeira disse que a operadora também poderá oferecer conexão à internet por meio de modens com acesso à rede de terceira geração, mas não explicou como funcionará o serviço. "Em um primeiro momento, o que vamos oferecer é uma linha de telefonia fixa", afirmou, sem fazer comentários sobre seu novo cargo.

Em Valor Econômico




Aprovação para cadastro reserva não garante contratação pela Petrobras
Herdeiras poderão ser indenizadas por acidente sofrido por trabalhador autônomo
Lavador de carro consegue vínculo de emprego com locadora
Cobrança de frete de transporte terrestre prescreve em um ano
Distribuidora de energia deve pagar indenização a esposa e filha de vítima de descarga elétrica


Mídia Marketing Direcionado - 2010
Willian Dias